22 de nov. de 2011

Em Breve - Para Poucos e Adeus, Primeiro Amor

"O amor é a única coisa que conta. É a minha razão de viver." - Adeus, Primeiro Amor

"Na vida, mesmo se estamos felizes, esperamos sempre que alguma coisa aconteça, que alguma coisa nos arrebate." - Para Poucos

Tanto em Para Poucos como em Adeus, Primeiro Amor, a temática da paixão e do relacionamento amoroso estão em plano principal, levando seus espectadores a uma reflexão profunda sobre as profundas mudanças que acontecem com o ser-humano quando este descobre o sentimento do prazer, promovido pelo instigante sentido causado por aquilo que chamamos de amor. Cada um a seu modo, ambos os filmes tratam de forma muito realista a maneira como as pessoas se relacionam; seja pelo sentimento puro do amor, seja pelo desejo sexual contido em cada um.

Para Poucos conta a história de 2 casais: Rachel (Marina Foïs) e Franck (Roschdy Zem), Vincent (Nicolas Duvauchelle) e  Teri (Élodie Bouchez). Pode-se entender que este emblemático número sugere a todos os espectadores um núcleo principal, que relacionado ao impulso da vida conjugal, iniciam uma experiência nova, onde o amor livre é pregado como um modo de vida. O diretor Antony Cordier trabalha com a quebra dos tabus existentes nas sociedades ocidentais, pegando exatamente tipos presentes nestas sociedades e tranformando-os em verdadeiros homens que não se acanham perante suas vontades e instintos. Eles são guiados pela paixão que sentem uns pelos outros, ao modo em que querem se sentir mais vivos e, sem guardar segredos ou mentiras, são colocados à prova em todos os momentos em que se aprofundam mais nesta busca. Em closes de filmagem, cada personagem pode expressar o grau de suas tensões, sejam elas sociais ou sexuais, evidenciando conflitos pouco aparentes e levando o espectador a um sólido questionamento moral sobre paradigmas sociais existentes e quase nunca comentados.

Em Adeus, Primeiro Amor, a temática destas relações são evidenciadas de forma muito mais singela. A diretora Mia-Hansen Løve guia seus espectadores através de paisagens contrastantes para mostrar os altos e baixos do amor entre dois adolescentes. Camille (Lola Créton) e Sullivan (Sebastian Urzendowsky) são jovens e apaixonados; ela, muito mais do que ele, que decide sem relutar por uma viagem à América do Sul ao invés de estar com a namorada. Ele se vai, ela entra em depressão e, com isso, anos passam até, agora a jovem adulta, superar este trauma de sua juventude. Quase formada, conhece o famoso arquiteto norueguês Lorenz (Magne Havard Brekke); os dois se envolvem. Camille parece feliz com sua nova vida, até o retorno de Sullivan, que muda completamente o viés desta perspectiva, retratada por Hansen-Løve com uma sensibilidade única, sublime e, ao mesmo tempo, inocente, feminino. Um filme emocionante, para todos aqueles que também já viveram um primeiro amor inesquecível.

Veja os trailers de Para Poucos e Adeus, Primeiro Amor, em breve nos cinemas:


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