31 de jan. de 2012

Filmes da Imovision são indicados à premiação do cinema independente Chlotrudis Society Awards

A Chlotrudis Society for Independent Film é uma organização sem fins lucrativos de Boston que homenageia anualmente o melhor do cinema internacional e independente. As indicações para o Chlotrudis Awards acontecem todo ano no mês de janeiro e nesta 18ª edição da premiação, acontece em 18 de março.
Dentre os filmes independentes indicados estão Poesia de Lee Chang-Dong, A Separação de Asghar Farhadi, O Porto de Aki Kaurismaki e Pina de Wim Wenders. 
Veja em quais categorias eles concorrem:
POESIA
Melhor Filme | Lee Chang-Dong
Melhor Roteiro Original | Lee Chang-Dong
Melhor Atriz | Jeong-hie Yun
A SEPARAÇÃO
Melhor Diretor | Asghar Farhadi
Melhor Ator Coadjuvante | Shahab Hosseini
O PORTO
Melhor Ator Coadjuvante | Jean-Pierre Darroussin
PINA
Melhor documentário | Wim Wenders

Para ver a lista completa dos indicados visite o site oficial da Chlotrudis Society for Independent Film.

30 de jan. de 2012

Filme sobre Violeta Parra, vencedor em Sundance 2012, será distribuído pela Imovision nos cinemas

O filme sobre a fundadora da música popular chilena e mais importante folclorista do país Violeta Parra será distribuído pela Imovision no Brasil.
Dirigido por Andrés Wood, o filme sobre a compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, Violeta Se Fue a los Cielos (Violeta Foi Aos Céus, em tradução literal) ganhou os principais prêmios do ano incluíndo o Grande Prêmio do Juri na 28ª edição do Festival Sundance de Cinema neste fim de semana.

Violeta Parra, considerada uma das artistas mais emblemáticas do Chile sendo comparada a Édit Piaf para os franceses, e a Bob Dylan para os americanos, foi ignorada por décadas no país devido a ditadura de Pinochet e é autora das canções "Gracias a la Vida" e "Volver a los 17".
O filme de Andrés Wood - diretor de Machuca - foi selecionado para representar o Chile no Oscar 2012 para concorrer como melhor filme estrangeiro, porém - assim como O Porto, de Aki Kaurismaki, representante da Finlândia - não passou pelo comitê de seleção do prêmio.

A atuação de Francisca Gavilán como Violeta Parra é excepcional, assim como o filme de Andrés Wood que não é apenas mais uma cinebiografia de um artista incompreendido com um final trágico, muito pelo contrário: O longa foge de uma narrativa linear e capta pequenos detalhes ao longo de sua vida que fazem parte da essência de Violeta e que nos ajudam a conhecer e compreender um pouco mais sobre a vida desta caricata, complexa e genial artista, ícone da cultura chilena.
Violeta Se Fue a los Cielos estreia em 2012 nos cinemas brasileiros. 

27 de jan. de 2012

Saiba onde assistir aos filmes da Imovision


Programação referente a semana de 27/01 a 02/02

Homens e Deuses
Cinemark Rio Mar, em Aracaju


A Missão do Gerente de Recursos Humanos
Mid Way Mall, em Natal

Minhas Tardes com Margueritte
Cine Batel, em Curitiba
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre
Cinema do Museu, em Salvador

Esses Amores
Cinemark Downtown, no Rio de Janeiro

Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual
Reserva Cultural, em São Paulo
Cine Joia, no Rio de Janeiro
Estação SESC Botafogo, no Rio de Janeiro


Borboletas Negras
Cinemark Santa Cruz, em São Paulo

Turnê
Cinemark Praiamar, em Santos

A Criança da Meia-Noite
Cinemark, em Guarulhos
Cinema do Museu, em Salvador

Se Não Nós, Quem?
Cinemark Shopping D, em São Paulo

O Garoto da Bicicleta
Rio de Janeiro
Cine Joia

Recife
Fundação Joaquim Nabuco


Salvador
Cine Vivo


Porto Alegre
Cinemateca Paulo Amorim

Fortaleza
Espaço Unibanco Dragão do Mar

Adeus, Primeiro Amor
Cine Cultura Liberty Mall, em Brasília

Românticos Anônimos
Rio de Janeiro
Estação SESC Laura Alvim

Porto Alegre
Unibanco Arteplex
Cine Guion

A Guerra Está Declarada
Reserva Segal, em São Paulo
Cine Guion, em Porto Alegre
Fundação Joaquim Nabuco, em Recife

A Separação
São Paulo
Espaço Unibanco Augusta
Reserva Cultural
Cine Lumière
Unibanco Arteplex
Kinoplex Vila Olímpia
Cine Jaraguá, em Campinas
Playarte Bristol


Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Espaço Rio Design
Kinoplex Leblon
Estação SESC Barra Point
Estação SESC Rio
Estação SESC Ipanema

Belo Horizonte
Uziminas Belas Artes
Espaço Unibanco Alameda

Belo Horizonte
Uziminas Belas Artes
Espaço Unibanco Alameda

Brasília
Espaço Itaú BR
Cine Cultura Liberty Mall

Porto Alegre
GNC Moinhos
Unibanco Arteplex


Salvador
Cine Vivo

Fortaleza
Espaço Unibanco Dragão do Mar

Florianópolis
Espaço Beira Mar
Cinema do CIC

João Pessoa
Mag Shopping

Filmes da Imovision recebem 15 indicações ao Cesár

O César (Les César Académie Des Arts Et Techniques Du Cinéma) é o prêmio da Academia de Cinema da França, e é equivalente ao Oscar na Europa.
A lista de indicados aos prêmios em sua 37ª edição foi divulgada e conta com 8 filmes da Imovision. Em destaque A Guerra Está Declarada que lidera com 6 indicações ao César: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Roteiro Original, Melhor Montagem e Melhor Som.
O Porto fica em segundo lugar, com 3 indicações.

Indicados ao César 2012
A GUERRA ESTÁ DECLARADA
Melhor Filme
Melhor Diretor | Valérie Donzelli
Melhor Atriz | Valérie Donzelli
Melhor Roteiro Original | Valérie Donzelli & Jérémie Elkaïm
Melhor Montagem | Pauline Gaillard
Melhor Som

O PORTO
Melhor Filme
Melhor Diretor | Aki Kaurismaki
Melhor Direção de Arte

AS NEVES DE KILIMANJARO
Melhor Atriz | Ariane Ascaride

A SEPARAÇÃO
Melhor Filme Estrangeiro

O GATO DO RABINO
Melhor Animação

BEM AMADAS
Melhor trilha musical | Alex Beaupain

O GAROTO DA BICICLETA
Melhor Filme Estrangeiro

INCÊNDIOS
Melhor Filme Estrangeiro

Veja a lista completa dos indicados aqui.

26 de jan. de 2012

Dicas de DVD - Vênus Negra


A história real sobre a famosa Vênus de Hotentote é o tema central de Vênus Negra, do diretor tunisiano Abdellatif Kechiche. Nesta produção, que leva seus espectadores de volta a Londres do século XIX, uma mulher é o foco da impressionante narrativa, que transmite de forma clara e verdadeira o modo como a sociedade ocidental enxergava o “diferente” e ainda como se justificava o preconceito e o racismo a partir de teorias discriminatórias, como a do darwinismo social. Uma jovem africana (a atriz cubana Yahima Torres, em performance sensacional) vai para a Europa com o intuito de se tornar uma artista; contudo, é capturada e presa, como um animal, se tornando uma atração bizarra que serviria para entreter os membros das altas classes na Inglaterra. Essa é, na verdade, a história real de Saartjie Baartman, a qual, durante o mesmo período, passou pela mesma história, acorrentada em uma jaula, a Vênus de Hotentote – mesmo grupo étnico o qual pertecera a jovem – era uma verdadeira atração, que despertava a curiosidade de todos que a viam, assim como um animal exótico. Escravizada, a Vênus de Hotentote se tornou o símbolo dos menores, destinada à miséria humana a partir do momento em que buscou seu espaço para uma prosperidade inexistente.

A seu público, fica a então reflexão sobre como, nos últimos 200 anos, a sociedade passou por transformações tão profundas e, ao mesmo tempo, carregou consigo, com o passar das gerações, o velho dilema dos preconceitos. Vênus Negra se torna então um ótimo instrumento de estudo antropológico, justificando as barreiras culturais entre diferentes povos e se pautando no fato de que o retrato físico não acomete o conhecimento intelectual e que a raça humana evoluiu de maneiras extremamente distintas, injustificavelmente, segundo algumas teorias, surgido então as bases de teorias discriminatórias e racistas. É, de fato, uma aula que abre em seus espectadores um horizonte bastante propício à reflexão.

Vênus Negra chegará em breve às locadoras, com distribuição da Imovision, confira o trailer:

Gustavo Taretto, diretor de Medianeras, estará em São Paulo em fevereiro

Diretor de Medianeras -Buenos Aires na Era do Amor Virtual, Gustavo Taretto estará em São Paulo em fevereiro para palestras, bate-papo e agradecimento ao público pelo grande sucesso do filme argentino no Brasil.
Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual é um daqueles filmes que supera nossas expectativas: Abordando um tema atual e de forma cômica, Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) incorporam - como os personagens principais - problemas que encontramos com a valorização de nossas relações virtuais, tais como a solidão, o isolamento desproposital e a dificuldade dos relacionamentos fora da internet. 
Pilar López de Ayala e Javier Drolas são Mariana e Martin em Medianeras. 
Diante disto, Gustavo Taretto virá ao Brasil e dará uma palestra com o tema "Cinema argentino: co-produções, captação, distribuição e estética contemporânea" na Academia Internacional de Cinema (AIC) no dia 8 de fevereiro e estará em seguida na Reserva Cultural onde Taretto agradecerá o público em uma sessão especial do filme Medianeras, seguido de uma festa temática em homenagem ao sucesso do filme.

Outro evento com o diretor de Medianeras na locadora 2001 Video (Avenida Sumaré, 1744 – Perdizes) será realizado no dia 9 de fevereiro. Um bate-papo com Gustavo Taretto e a filósofa Márcia Tiburi, às 20h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (11) 3873 2017 ou no local.sobre o filme Medianeras comemorando o lançamento do longa em DVD.

Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual continua em cartaz. Veja em quais cinemas o filme está sendo exibido.

24 de jan. de 2012

Em Breve - Pina


A fantástica homenagem de Wim Wenders à musa do balé contemporâneo Pina Bausch chega aos cinemas pelo viés da técnica elaborada pelos efeitos visuais que, acompanhados de todo o ritmo da companhia de dança. Com isto, nota-se que há, dentro de Pina, uma tentativa sublime de transformar as telas dos cinemas em verdadeiros palcos, onde o movimento e o volume que acompanham as coreografias são milimetricamente contados, a ponto de fazer o seu espectador se entregar totalmente ao espetáculo visual que nos remete aos grandiosos cenários já pisados por Pina Bausch e sua Companhia.

Win Wenders e Angela Merkel na exibição de Pina 3D
Em meio ao espetáculo técnico propiciado pelo diretor, a lírica estética de seu roteiro, criado com ajuda de coreografias originais, é o que dá a seu público uma visão diferenciada sobre o uso do 3D; aqui, a arte é o foco principal, pautada na beleza e na propriedade da utilização de formas reais, cuja amplitude de efeitos não ofuscará o verdadeiro brilho da póstuma homenagem feita por Wim Wenders. Pina simboliza um sucesso latente nos principais festivais europeus, para tanto, até a prêmie alemã Angela Merkel foi levada ao Festival de Berlim para prestigiar a brilhante produção, até mesmo com os óculos especiais para 3D

Em Pina, um tom verdadeiramente brasileiro também é um atrativo especial para o público nacional. motivo disso: Wim Wenders dirige uma cena especial, protagonizada pela companhia ao som de Leãozinho, famosa música de Caetano Veloso, o qual o diretor já se declarou grande fã. Além disto, nos ambientes externos presentes nas cenas que incorporam coreografias, é possível ver uma arte urbana feita pelos artistas OsGemeos, com cores vibrantes, claramente percebidas por nós, pelos traços fortes e oblíquos. Em relação às filmagens em ambientes externos, Wim Wenders declarou que o uso da técnica 3D não deve ficar dependente de cenários internos rigidamente controlados. Como um todo, Pina é a prova final de que até mesmo os diretores mais consagrados por seus filmes “de arte” podem incorporar tecnologia para abrilhantar seus trabalhos. Em forma de documentário, Wim Wenders presta uma homenagem póstuma à Pina, por meio de execuções de suas danças únicas, entrelaçadas por depoimentos de seus parceiros de trabalho, em um ritmo emocionado, que traz aos seus espectadores a única sensação de estar em frente a este palco maravilhoso. Pina está concorrendo a Melhor Documentário no Oscar 2012.


Veja o trailer de Pina, que chega aos cinemas no dia 16 de março, com distribuição da Imovision:

23 de jan. de 2012

Cine Nostalgia - Amos Gitai

Nesta semana, o diretor israelense Amos Gitai mostra a seus espectadores uma visão de grande particularidade acerca de questões delicadas vividas pelo seu país de origem, habilmente confrontado pelas questões individuais, as quais imperam um sentimento único enfrentados por personagens profundas e singulares.

Nota-se em Amos Gitai uma experiência de vida marcada exatamente pela situação política e social de Israel em meados da década de 70; formado em Arquitetura, o famoso diretor teve uma participação intensa durante o período da Guerra do Yom Kippur. Uma das situações de maior tensão vivida por Gitai foi na ocasião de seu 23o aniversário, no ano de 1973, quando em missão militar, seu helicóptero fora atingido por um míssil sírio. Durante este período, também foi marcado por seu primeiro contato com a arte cinematográfica: sua mãe lhe presenteara com uma câmera de 8mm, a mesma que Gitai utilizou durante seus anos no front para filmar o que lhe desse vontade. Por tal razão, é possível que atualmente se note uma tendência de alusões críticas ao uso descomunal do arsenal militar nacional durante as épocas de tensão internacional entre Israel e seus vizinhos do Oriente Médio.

Em Aproximação, que é distribuido em DVD pela Imovision, o diretor coloca em cena uma grande estrela do cinema atual: Juliette Binoche, em uma trama que entrelaça a tensão política de Israel com uma questão familiar, de caráter pessoal e intimista. Binoche faz o papel de uma mulher francesa de origem israelense, que após a morte do pai, acaba saindo de sua casa em uma jornada de busca a sua filha, a qual fora abandonada na adolescência. Esta busca a faz chegar à Gaza, exatamente no período de desocupação das tropas israelenses. Mais uma vez, Amos Gitai coloca em pauta a velha ferida existente entre israelenses e palestinos, já que o grande mote desta produção se baseia na sutileza dos questionamentos mais profundos existentes em ambos os lados da fronteira – especialmente reproduzido no breve diálogo sobre o significado de nacionalidade. Nesta cena, Uli, o irmão israelense de Ana (Binoche) encara sutilmente um oficial, garantindo que o seu passaporte não tem valor, que é “algo abstrato, não delimitado fisicamente”.

Consagrado como um dos grandes cineastas do gênero político, Amos Gitai conta histórias reais a um povo que convive com a mais dura realidade todos os dias. Assim como em “Dia do Perdão”, “Free Zone”, dentre outros, o foco do diretor não se prende apenas em um panorama político assustador e verdadeiro, mas também na vivência humana e em um toque sutil de esperança em meio ao caos cotidiano desta constante batalha entre judeus e muçulmanos, israelenses e árabes, em um local que nos parece tão distante, porém nos faz aproximar de nossas próprias convicções.

Mostra "O Amor, a Morte e as Paixões" começa nesta quinta-feira

A mostra "O Amor, a Morte e as Paixões" organizada por Lisandro Nogueira, professor de cinema da Universidade Federal de Goiás (UFG) começa nesta quinta-feira, 26 de janeiro e vai até 9 de fevereiro.

A programação, que conta com 60 filmes - muitos deles inéditos e ainda não exibidos no Brasil - está repleta de filmes da Imovision, com destaque para O Porto, de Aki Kaurismaki, e A Separação de Asghar Farhadi, que entrou em cartaz no último final de semana, vencedor do Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira e favorito para o Oscar 2012 na mesma categoria.

O valor do ingresso é R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia) e a mostra acontece no Shopping Bougainville em Goiânia (GO).
Veja a lista dos filmes da Imovision que estão na programação:

A Árvore, de Julie Bertucelli (distribuído pela Imovision somente em DVD)
Aproximação, de Amos Gitai (distribuído pela Imovision somente em DVD)
A Separação, de Asghar Farhadi
Tetro, de Francis Ford Copolla
Turnê, de Mathieu Amalric
As Neves de Kilimanjaro, de Robert Guédiguian
O Porto, de Aki Kaurismäki
Caro Francis, de Nelson Hoineff
Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres, de Joann Sfar
A Guerra Está Declarada, de Valérie Donzelli
Poesia, de Chang-dong Lee
Adeus Primeiro Amor, de Mia Hansen-Love
Românticos Anônimos, de Jean-Pierre Améris
Isto Não é um Filme, de Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb

Veja a programação completa na página do curador do evento, Lisandro Nogueira.

20 de jan. de 2012

Estreia - A Separação


O vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e grande favorito do Oscar 2012 na mesma categoria, A Separação, digirido por Asghar Farhadi, coloca nas entrelinhas a situação de um país que, para sua sociedade, é uma prova da casualidade de como os seus próprios indivíduos se encabeçam em problemas impostos pela falta de um acordo generalizado, em um país de regras tão rígidas como o Irã, pautando-se então em cada detalhe que se transforma em desafio. 
A Separação é formada por duas histórias que, a priori, são paralelas, porém, com o desenrolar de uma trama peculiarmente elaborada, coloca-se um grande véu que encobre seus personagens e os une em forma serial, com atributos levados a seus extremos a medida em que o enredo se desenvolve. No início, o divórcio de Nader (Peyman Moaadi) e Simin  (Leila Hatami) é colocado em cena e, consequentemente, leva o espectador à posição de juíz, que permanecerá durante todo o filme, no momento em que a trama engloba uma série de conflitos morais a serem julgados. Asghar Farhadi causou o desgosto do governo iraniano, não por um motivo explícito, como pode ser alegado na sentença de seu compatriota Jafar Panahi, mas no modo como aborda uma mensagem, direcionada exclusivamente ao seu público, que forma um grande juri popular. 
Após a cena do divórcio, onde nada é decidido de verdade, entra em cena uma jovem, Razieh (Sareh Bayat), de situação duplamente desagradável: está grávida e seu marido Hodjat (Shahab Hosseini) está desempregado. Conforme as leis iranianas, ela seria proibida de trabalhar para Nader. Nesta realidade, a necessidade da contratação de Razieh se relaciona ao pai de Nader, que sofre com o mal de Alzheimer, dificultando-o a realizar as tarefas mais simples, como se banhar e comer. Em termos religiosos, Razieh sente-se vulnerável às leis do Alcorão apenas de pisar na casa de seu contratante e não são raras as cenas em que a vemos colada ao telefone perguntando o que é certo ou errado para sua religião em termos de cuidados com o idoso. 
O que liga as duas famílias é uma briga judicial causada por um incidente na casa de Nader, que envolve especialmente Razieh. Neste momento, em uma delegacia qualquer, desenrola-se o caso-chave de A Separação; uma briga entre famílias aos padrões orientais, cheia de ameaças, gritos, choro e indignação, além de um impasse judicial que, propositalmente, é garantido por Farhadi para que, até o momento final da produção, chegue-se a uma conclusão individual, sendo que cada um de seus espectadores tome as dianteiras do que é correto ou não. Em A Separação, não existem certos e nem errados, apenas o julgamento de cada um, certamente, cabendo à moral de todos julgar ou ser julgado, apenas para não haver qualquer peso na consciência dos demais. 

A Separação tem distribuição da Imovision e estreia dia 20/01 no país, confira o trailer: 

Saiba onde assistir aos filmes da Imovision


Programação referente a semana de 20/01 a 26/01

A Missão do Gerente de Recursos Humanos
Cinemark Rio Mar, em Aracaju

Minhas Tardes com Margueritte
Cine Batel, em Curitiba
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre
Espaço Itaú, em Brasília
Cinema da UFBA, em Salvador

Esses Amores
Cinemark Niterói, no Rio de Janeiro
Cinemark Pier 21, em Brasília

Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual
Reserva Cultural, em São Paulo
Cinema do CIC, em Florianópolis
Espaço Itaú, em Brasília
Cine Joia, no Rio de Janeiro
Estação SESC Botafogo, no Rio de Janeiro
Cinema da UFBA, em Salvador


Borboletas Negras
Cine Metrópolis, em Vitória
Cine Ritz, em Vitória

Meu País
Ponto Cine, no Rio de Janeiro

Turnê
Cinemark Praiamar, em Santos

Vejo Você no Próximo Verão
Cinemark, em Florianópolis

Filme Socialisme
Cinemark Porto Alegre, em Porto Alegre

A Criança da Meia-Noite
Cinemark Tatuapé, em São Paulo

Se Não Nós, Quem?
Cinemark SP Market, em São Paulo
Movie Arte, em Santa Maria
Movie Arte, em Bento Gonçalves

O Garoto da Bicicleta
São Paulo
Reserva Cultural
Espaço Unibanco Augusta

Campinas
Cine Topázio


Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação Barra Point
Cine Joia

Recife
Fundação Joaquim Nabuco


Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Salvador
Cine Vivo


Porto Alegre
Cine Guion

Brasília
Espaço Itaú

Fortaleza
Espaço Unibanco Dragão do Mar

Adeus, Primeiro Amor
Cine Livraria Cultura, em São Paulo
Cine Vivo, em Salvador
Cine Cultura Liberty Mall, em Brasília
Paradigma Cinearte, em Florianópolis

Românticos Anônimos
São Paulo
Reserva Cultural
Cine Livraria Cultura

Santos
Espaço Unibanco

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação SESC Rio
Estação SESC Barra Point
Estação SESC Ipanema

Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Porto Alegre
Unibanco Arteplex
Cine Guion

A Guerra Está Declarada
Reserva Cultural, em São Paulo
Estação SESC Laura Alvim
Estação SESC Botafogo
Estação Vivo Gávea

A Separação
São Paulo
Espaço Unibanco Augusta
Reserva Cultural
Cine Lumière
Espaço Unibanco Pompeia
Unibanco Arteplex Frei Caneca
Kinoplex Vila Olímpia
Playarte Bristol


Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Espaço Rio Design
Kinoplex Fashion Mall
Estação SESC Barra Point
Estação SESC Rio
Estação SESC Ipanema

Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Brasília
Espaço Itaú BR
Cine Cultura Liberty Mall

O Porto
Reserva Cultural (pré-estreia dia 21/01)

19 de jan. de 2012

Dicas de DVD - 15 Anos e Meio

Em breve chega o DVD de 15 Anos e Meio, uma comédia familiar que, atraindo jovens e adultos, nos leva a um mundo onde o conflito de gerações se torna tema para um tumultuoso palco, cujas personagens, uma adolescente rebelde e exploradora e seu pai cientista são colocados lado a lado, aprendendo, em um jogo de engraçadas obrigações, entender um ao outro.
Já tendo participado de diversos gêneros cinematográficos, o ator Daniel Auteuil é um dos destaques da produção, em seu papel, no qual vive Philippe Le Tallec, um renomado cientista francês erradicado na América que tem como missão cuidar de Églantine (Juliette Lamboley), sua filha rebelde, enquanto a mãe está fora. O evidente conflito de gerações é o mote dos amigos diretores François Desagnat e Thomas Sorriaux, conhecidos, na verdade, por produzirem filmes de baixíssimo orçamento dentro do cinema francês. Mais um motivo para que a comédia se torne muito mais humana, cotidiana do que se houvesse uma ênfase prolongada apenas em sua produção. 
A grande comédia está no encontro imediato das duas personagens; o pai repressor tenta colocar rédeas na jovem, enquanto a própria vê na ausência do pai a oportunidade de fazer o que quer, desde usar roupas escandalosas até festas que, de fato, não seriam aprovadas pela grande maioria dos pais desta nova geração. Com isso, o filme consegue transmitir uma mensagem de tolerância a pais e filhos que, colocados na mesma situação de Églantine e Philippe, precisam aprender a lidar com a presença do outro, tentando, aos poucos, entender a capacidade de compreensão de cada um e, claro, mostrar a importância da família, por mais peculiar que ela possa parecer. 

Veja o trailer de 15 Anos e Meio, que chega em fevereiro às locadoras, com distribuição da Imovision:

18 de jan. de 2012

Recém-naufragado Costa Concordia foi cenário do Film Socialisme, último filme de Godard

O navio Costa Concordia que naufragou neste fim de semana na ilha Italiana de Giglio, foi palco das gravações do último filme de Jean-Luc Godard Film Socialisme.
Cena do Film Socialisme, último filme feito por Jean-Luc Godard, em 2010 no recém naufragado Costa Concordia.

O filme é dividido em três movimentos, e o primeiro deles se passa em um cruzeiro pelo Mediterrâneo - entre Marselha e o Egito -, no navio Costa Concordia.

Film Socialisme é um dos mais experimentais filme de Godard. Dividido em linhas narrativas que se encontram (e se completam) junto a imagens díspares filmadas de diferentes ângulos e formatos - destacando os diferentes pontos de vista contidos no navio desprendido do tempo -, aborda através de diálogos o declínio de aspectos culturais e morais na Europa e em contrapartida a ascensão da economia dos Estados Unidos.
Talvez por este motivo o filme seja iniciado com uma crítica ao capitalismo - “O dinheiro é um bem público” -, antes mesmo que conheçamos os personagens, que mesmo depois de apresentados continuam não nos fazendo criar nenhum vínculo com eles, pois o último filme de Godard é formado por imagens e textos políticos que não os aproximam, nem nos faz identificar. O único elemento que mais se aproxima entre as cenas é a natureza, que permanece intacta, transitória, enquanto a vida continua acontecendo no navio de forma artificial.
Film Socialisme é despretensioso de um ato concreto, é uma reflexão e a forma de expressão (ou de não expressão) de Jean-Luc Godard e faz da desconstrução da estrutura narrativa, sua homenagem ao cinema.

Em Cartaz - A Criança da Meia-Noite e A Guerra Está Declarada

Não perca a oportunidade de ver dois filmes que possuem muito em comum: desde o fato de serem franceses até o ponto de ambos tratarem de crianças e suas enfermidades; porém, falando de delicados assuntos de maneiras muito diferentes, que fazem os espectadores sentirem que realmente vale a pena assistir a filmes que os levam a fatos tão realistas, tratados de forma humana e verdadeira. São eles A Criança da Meia-Noite e A Guerra Está Declarada
Em Criança da Meia-Noite, a doença de Romain (Quentin Challal), um garoto que sofre de um raro tipo de alergia aos raios solares é o ponto que o liga ao dermatologista David (Vincent Lindon) e cria uma bela relação de amizade e ajuda mútua, já que Romain, além de ser portador desta grave enfermidade, também fora abandonado pelo pai. Delphine Gleize coloca os dois, lado a lado, de forma que cada um possa enfrentar suas fraquezas e medos, especialmente quando coloca em cena a notícia de que David precisa abandonar o caso do jovem. Neste momento, ambas as personagens precisam contornar o triste obstáculo, em forma de prova pessoal de vida, exposta de forma sincera e muito humana. A diretora, para a realização de A Criança da Meia-Noite, utilizou-se de pesquisas altamente elaboradas sobre a condição da enfermidade retratada, especialmente conhecendo o cotidiano de seus portadores para o desenvolvimento da personagem, desde sua mentalidade até seu figurino especial. 
Já em A Guerra Está Declarada, de Valérie Donzelli, a linda história do casal Roméo e Juliette, interpretados por Jérémie Elkaïm e pela própria diretora, que descobrem que o filho possui um raro tipo de tumor cerebral, nos leva a uma viagem encantadora pelo lado mais belo da vida. Mostrando a juventude e vitalidade do casal, que ao mesmo tempo em que procuram viver o lado positivo das coisas, lutam pela sobrevivência do filho pequeno. Donzelli, em uma experiência rara no cinema, quis mostrar e interpretar sua história real de vida, como ela própria. A Guerra Está Declarada é o representante francês na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e ainda conta com uma elaborada trilha sonora. Em sua terceira semana em cartaz, o filme já conquistou o coração de muitos espectadores, com sua ternura e bravura, lado a lado em cena.

Veja os trailers de A Criança da Meia-Noite e A Guerra Está Declarada, ambos em cartaz:


17 de jan. de 2012

Em Breve - As Neves do Kilimanjaro

A mais nova produção do diretor franco-armênio Robert Guédiguian já é um sucesso perante a crítica internacional, vencendo o Prêmio Lux, do Parlamento Europeu e também o Festival Internacional de Cinema de Valladolid, na Espanha, ambos como Melhor Filme, As Neves do Kilimanjaro acompanha o raro estilo do diretor e ainda conta com a presença de sua musa, a atriz Ariane Ascaride como protagonista. A história de Michel e Marie-Claire é contada de forma clara; casados há 30 anos, vivem em harmonia com seus filhos e netos, além de estarem sempre próximos aos amigos. O casal, além desta vida, baseada em sua felicidade, também se orgulham do engajamento político que possuem, além de se considerarem extremamente abertos, com uma mentalidade moderna. 

Tudo pode parecer bem, a priori, como geralmente os filmes de Guédiguian seguem em um padrão, pelo menos até um grande acontecimento que muda totalmente o clima que o enredo tomaria. No  caso de As Neves do Kilimanjaro, um fato, no caso da produção, um verdadeiro assalto é apresentado a ponto que toda a concepção estrutural vivida por Michel e Marie-Claire se quebre em diferentes paradigmas. O casal é abordado violentamente e os assaltantes levam todo o dinheiro guardado por eles para fazer uma viagem ao monte Kilimanjaro. Esta situação muda quando os autores do ataque são descobertos, fazendo com que tanto Michel e Marie-Claire quanto seus espectadores. Guédiguian, como sempre, choca e emociona seu fiel público, com um horizonte único que retrata as mais profundas experiências humanas e sociais.

O filme acaba de vencer o Prêmio Lux, da União Europeia, na categoria de Melhor Filme. O prêmio destinado a ele, no valor de 87 mil euros, será utilizado para legendagem nas 23 línguas oficiais da união europeia, além das adaptações necessárias a deficientes auditivos e visuais. 

As Neves do Kilimanjaro, de Robert Guédiguian, tem estreia esperada para março de 2012. 

Qual é o futuro do cinema iraniano?

Desde uma vanguarda que surgiu em um país marcado por suas constantes reviravoltas políticas e sociais, a cinematografia iraniana começou a ganhar destaque mundial em pouco tempo, consagrando-se como uma forma única de cinema, feita por diretores cuja percepção difere da sobriedade artística proveniente de Hollywood. 

Abbas Kiarostami e Juliette Binoche 
Com os constantes conflitos existentes no país, palco de inúmeras guerras, protestos, prisões e mais mortes, o cinema de Teerã e região nos pareceu profundamente ligado ao seu cotidiano, dando aos espectadores um panorama completo sobre como caminha o tão distante país. Desde o início do século XX, passando por grandes transformações, especialmente a partir da década de 80, na chamada "New Wave iraniana", que criticava de forma direta o tradicional islamismo e mostrava um país que, aos poucos tentava modernizar sua mentalidade. Com inspiração no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa, além do kino-pravda russo, criado por Dziga Vertov, os diretores iniciaram um processo que culminou em um reconhecimento pleno desta luta perante a passividade do cinema oficial (como se chama hoje o cinema patrocinado pelo governo do Irã) e, especialmente, de uma épica batalha pela liberdade de expressão em um país de tradições culturais tão fechadas. O pioneiro deste cinema novo foi Abbas Kiarostami, hoje, mundialmente conhecido a partir de premiações em festivais internacionais, como a grande produção O Gosto da Cereja, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e com seu mais novo filme, que causou comoção na crítica internacional Cópia Fiel, que conta com a atuação de Juliette Binoche

Jafar Panahi em prisão domiciliar - Maio de 2010
No contexto atual, que se pauta nos últimos anos até hoje, a presença de uma forte opressão assombra o cinema independente iraniano. Um dos casos mais polêmicos envolve o diretor Jafar Panahi, condenado a prisão domiciliar, além de vinte anos proibido de dirigir e escrever para produções cinematográficas. Em 2010, sua casa foi invadida e sua coleção apreendida. Após 88 dias preso, passando por greve de fome e uma proibição de comparecer ao Festival de Cinema de Veneza, Panahi se tornou símbolo de uma luta internacional, que incluiu inúmeros artistas, de Steven Spielberg a Michael Moore, passando pelos irmãos Dardenne e Francis Ford Coppola, que se conscientizaram perante a questão da liberdade de expressão dos artistas iranianos e hoje lutam pela liberdade do próprio Panahi, a partir do reconhecimento de uma produção quase que confidencial, Isto Não É um Filme, gravado de forma caseira, que de uma forma direta com seus espectadores, mostrava o seu cotidiano encarcerado - o estopim para a comoção, primeiramente em Cannes e que depois assumiu o porte mundial.

Asghar Farhadi recebe o Globo de Ouro ao lado do ator Peyman Moaadi (Nader)
A Separação, de Asghar Farhadi é o mais novo vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, além dos incontáveis prêmios obtidos mundialmente. Uma história simples, que envolve um casal instruido de classe média que luta por um divórcio digno, encabeça um debate muito mais profundo sobre as circunstâncias do sistema judiciário iraniano, abrindo-se ao público inteiramente, como se Nader e Simin fossem seus próprios parentes. Um enredo intenso é o que marca A Separação, um ritmo natural e humano, com a presença de personagens muito mais realistas do que o cinema ocidental já pensou em possuir foi o que levou Asghar Farhadi ao êxtase por onde passava. Já se sabe que A Separação é um forte concorrente ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2012.

A última notícia que temos sobre a situação do cinema no Irã se relaciona ao fechamento da Casa do Cinema, uma instituição independente, que foi fechada na última semana pelo ministro da cultura do país, tendo como motivo a sua ilegitimidade como instituição. Uma instituição que existe a mais de vinte anos e mais de 5.000 membros foi declarada como inútil por motivos incertos. O que é certo é que a Casa da Cinema, além de apoiar projetos criativos, também suportava com verba o cinema independente. Suas portas fechadas, com certeza quebrará o último canal autônomo de liberdade de expressão naquele país que agora não nos parece tão distante. 

(fonte especial: RIA Novosti)

16 de jan. de 2012

Cine Nostalgia - Kim Ki-duk

O cineasta sul-coreano é atualmente um dos maiores expoentes da vanguarda cinematográfica que vem acontecendo no país. O homenageado de hoje no Cine Nostalgia, Kim Ki-duk é um exemplo único, pois não teve uma formação direta como cineasta, vindo de uma família operária e iniciado na carreira como diretor e roteirista em uma idade tardia para os padrões, aos 33 anos, após um curso de artes plásticas em Paris.
Autor de diversas produções de nível sensorial experimental, devido a seus ritmos diferenciados, proporcionados por um método peculiar de cinema, Kim Ki-duk revolucionou os filmes em seu país, seja pelas pausas propositais, pela sutil violência ou até mesmo por mostrar um lado obscuro da sociedade sul coreana, marcada pela marginalidade e criminalidade urbana. Esta percepção é o mote de Ki-duk para que possa formar um espelho que reflete imagens culturais contemporâneas do universo oriental, no qual se ambientam as obras do diretor

Em seu belíssimo Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera, Kim Ki-duk nos dá uma aula de paciência, até mesmo pelo nome escolhido para a produção, ambientada em um lago isolado, onde um monge vive em um pequeno templo flutuante. Nesta prova de vida, o seu pupilo também aprende sobre o mundo, enquanto, basicamente, vê lições conforme passam as estações do ano. Seus espectadores, encantados com a beleza filosófica, saem maravilhados com o espetáculo visual proposto por Ki-duk.

Já em Casa Vazia, o diretor decide contar a história de um maltrapilho que invade uma casa e decide viver nela enquanto seus donos estão fora. Conseguindo sua hospitalidade, após realizar pequenos consertos ou limpando as casas, o protagonista chega a uma casa, cujo dono está viajando, porém, sua esposa permanece. Nasce então uma relação peculiar, onde estranhos, sem trocar sequer uma palavra, tentam fugir das vidas que levam, decidindo invadir novas casas para isso. O tema de Casa Vazia pauta-se no polêmico, no indício do adultério e nas tristezas de uma vida conjugal infeliz, que pode ser transformada por um estranho qualquer. 

E deste modo, inovador, Kim Ki-duk é um exemplo único de cineasta, com uma história de vida própria e uma produção cinematográfica de extremos. 

13 de jan. de 2012

Saiba onde assistir aos filmes da Imovision


Programação referente a semana de 13/01 a 19/01


A Missão do Gerente de Recursos Humanos
Cinemark Rio Mar, em Aracaju

Minhas Tardes com Margueritte
Cine Batel, em Curitiba
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre
Espaço Itaú, em Brasília
Cine Vivo, em Salvador

Esses Amores
Cinemark Niterói, no Rio de Janeiro
Cinemark Pier 21, em Brasília

Medianeras
Reserva Cultural, em São Paulo
Espaço Itaú, em Brasília
Cine Joia, no Rio de Janeiro
Estação Botafogo, no Rio de Janeiro
Cinema da UFBA, em Salvador

Borboletas Negras
Cine ComTur, em Londrina
Multiplex Recife (apenas 14 e 15/01)

Turnê
Cinemark Praiamar, em Santos

A Criança da Meia-Noite
Cinemark Santa Cruz, em São Paulo
Cinema do Museu, em Salvador (pré-estreia em 16/01)

Se Não Nós, Quem?
Cinemark SP Market, em São Paulo
Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre
Movie Arte, em Santa Maria
Movie Arte, em Bento Gonçalves

O Garoto da Bicicleta
São Paulo
Reserva Cultural
Itaú Cinema Augusta

Campinas
Cine Topázio

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação Barra Point
Cine Joia

Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes

Salvador
Cine Vivo

Porto Alegre
Cine Guion


Brasília
Espaço Itaú Brasília

Fortaleza
Espaço Unibanco Dragão do Mar (pré-estreia 15/01)

Adeus, Primeiro Amor
São Paulo
Itaú Cinemas Arteplex

Salvador
Cine Vivo

Isto Não É um Filme
Cinema XIX, em Salvador

Românticos Anônimos
São Paulo
Reserva Cultural
Playarte Bristol
Itaú Cinemas Pompeia
Itaú Cinemas Augusta
Espaço Unibanco Santos (pré-estreia em 14/01)

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex
Estação SESC Rio
Estação SESC Barra Point
Estação SESC Ipanema

Porto Alegre
Cine Guion (pré-estreia em 14/01)
Unibanco Arteplex (pré-estreia em 14/01)

A Guerra Está Declarada
São Paulo
Reserva Cultural

Campinas
Cine Galeria

Rio de Janeiro
Espaço SESC Rio
Estação SESC Ipanema
Estação SESC Barra Point
Estação Vivo Gávea

A Separação
São Paulo
Reserva Cultural (pré-estreia em 14/01)
Cine Lumiére (pré-estreia em 14/01)
Itaú Cultural Pompéia (pré-estreia em 14/01)
Arteplex Frei Caneca (pré-estreia em 14/01)
Kinoplex Itaim (pré-estreia em 14/01)

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex (pré-estreia em 14/01)
Kinoplex Leblon (pré-estreia em 14/01)

Confira a pré-estreia de um dos filmes mais aguardados do ano: A Separação

Com estreia em mercado comercial programada para o dia 20/01, A Separação, de Asghar Farhadi já tem datas de pré-estreia marcadas para este final de semana em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A grande aposta do Oscar 2012, que conta uma história de busca por justiça entre duas famílias possui um clima diferenciado em relação a diversas outras produções iranianas. A Separação de Nader (Peyman Moaadi) e Simin (Leila Hatami) tem como motivo principal a saída de Simin com a filha do casal para lhe dar melhores condições no exterior. A doença de Alzheimer, que acomete o pai de Nader é, dentre outras coisas, um empecilho para que esta separação, de fato, ocorra sem qualquer problema. Nesta produção, um retrato de um Irã modernizado é mostrado a partir do momento em que pode-se ver, a partir de diversas pesquisas, que o número de divórcios cresce cada vez mais no país. 

O mote da narrativa se dá a uma nova luta a ser travada, agora, por causa de uma jovem contratada por Nader para tomar conta de seu pai, que, grávida, é agredida e sofre um aborto. Judicialmente, a luta envolve o que pode ser chamado de assassinato do feto contra as condições pelas quais idoso com Alzheimer passa durante seus cuidados pela jovem. Farhadi mostra com frieza um mundo onde não existem certos nem errados, apenas justos, em um universo onde toda e qualquer forma de legislação é rígida e relativa. 

Seus espectadores serão levados a um nível completamente novo ao que se relaciona com a luta paralela, entre a justiça dentro de uma só família e a disputa entre duas famílias diferentes, dando um foco completamente novo, com uma ação direta, até mesmo cruel desta realidade. 

Por este e outros motivos, você também não pode perder A Separação, com datas especiais de pré-estreia, confira:

A Separação
São Paulo
Reserva Cultural - 14/01
Cine Lumiére - 14/01
Itaú Cultural Pompéia - 14/01
Arteplex Frei Caneca - 14/01
Kinoplex Itaim - 14/01

Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex - 14/01
Kinoplex Leblon - 14/01

Confira também o trailer de A Separação, que estreia dia 20/01:

12 de jan. de 2012

Dicas de DVD - Potiche: Esposa Troféu

Um dos grandes sucessos dos cinemas em 2011, da crítica mundial, que conseguiu o título de um dos melhores filmes do ano e que, inclusive contou com a ilustre presença de Catherine Deneuve no Brasil, já está nas locadoras.
A comédia que mostra um cotidiano de papéis trocados. Robert Pujol (Fabrice Luchini) é o dono de uma indústria, extremamente machista. Enquanto isso, sua esposa, Suzanne (interpretada com glamour por Deneuve) é o que se pode ser chamado de "esposa troféu", já que não faz absolutamente nada dentro de casa. Esta história permanece sem grandes mudanças até uma doença que acomete o industrial; para solucionar o caso, a "esposa troféu" precisa começar a assumir o que o marido não tem mais fôlego de fazer, em uma divertida troca de papéis. O diretor François Ozon não se conteve ao colorido mundo em transformação pelas mulheres do mundo inteiro para produzir sua obra, que lhe rendeu absoluto sucesso e, mais ainda, a consagração de atrizes de grande porte, como a própria Catherine Deneuve, em seu brilhante papel de "potiche", além de, claro, Gérard Depardieu em um engraçadíssimo papel, mostrando que sua já conhecida parceria com Deneuve sempre nos rendem ótimos filmes. Em meio a isso, temos um filho desesperado, uma secretária que sabe se impor perante o assédio de seu chefe e, claro, outras figuras que personalizam a obra como um cotidiano que inspira mudanças. 
Já nas locadoras, o recém-saído de cartaz, devido a seu grande sucesso nos cinemas ainda nos dá a oportunidade de ver pela primeira ver, ou, claro, de rever as situações inusitadas colocadas por Ozon a seus personagens, em meio a uma década voltada às revoltas feministas, às queimas de soutiens e seus etceteras. Potiche: Esposa Troféu é o mais bem-humorado retrato de uma geração de mulheres que lutou verdadeiramente, com charme e inteligência por uma igualdade sem limites.

Não perca Potiche: Esposa Troféu, nas locadoras e, em breve, também nas lojas!